terça-feira, 23 de setembro de 2014



LOVE INCONDITIONALLY

" Para os magos não existem formas de amor mais ou menos elevadas. essa é a linguagem dos juízos de valor (...).
 - Se o teu inimigo passa por ti na rua e te insulta, trata-se de um ato de amor. O impulso do amor teve início no coração do teu inimigo e transformou-se em ódio quando passou o filtro da memória. As tuas experiências do passado fazem com que o impulso do amor se distorça ao vir à superfície. Se pudesses ir ao encontro de todos os impulsos no seu ponto de origem, verificarias que todas as expressões seriam realmente amorosas. O amor pessoal que os mortais sentem uns pelos outros é uma forma concentrada do amor universal. Se te deixares abrir, podes vivenciar ambos de uma forma plena.
    (...) Um tipo de amor procura um espelho, o outro procura recuperar uma parte em falta. Ao sentir-se incompleto consigo mesmo, o leitor propõe-se compensar a sua falta através de outra pessoa.
 - Se quiseres sentir o amor da forma que deus o sente, terás de preeencher esses vazios, porque Deus apenas pode amar o que é pleno. (...) O primeiro passo é identificares os teus vazios, e o segundo, é preenchê-los com o ser ou com a essência.
    O verdadeiro processo de aprendizagem do amor a si próprio seria melhor designado por aprender a amar o nosso Ser, ou seja, o nosso espírito.
In "O caminho dos magos", Deepak Chopra


 
 
 
 
O PODER DO AMOR É O PODER DA PUREZA

    " O poder do amor é o poder da pureza. A palavra "amor" é utilizada de diversas formas, mas, para os magos, é uma palavra sagrada, pois para eles "amor" é o que dissolve todas as impurezas, deixando apenas o que é verdade e o que é real. ) enquanto tiveres raiva, não podes amar verdadeiramente, e enquanto possuires um ego egoista, também não podes amar verdadeiramente.
 - Então como poderei alguma vez amar? (...)
 - Pois, é esse o grande mistério. Por mais impuro que sejas, o amor procura-te sempre e trabalha em ti até que fiques preparado para amar.
     O amor procura a impureza para poder dissipá-la. Não existem pessoas sem amor - existem, isso sim, pessoas que não conseguem sentir a força do amor. O amor, invisível e sempre presente, é muito mais uma emoção ou um sentimento; é muito mais do que o prazer ou mesmo o êxtase. Na perspectiva dos magos, o amor é o que respiramos, é a energia que circula em cada célula. Da sua fonte universal, o amor toca tudo o que existe. è o poder supremo, porque, sem usar a força, o amor traz a si tudo o que é. Mesmo no sofrimento, o poder do amor prossegue com o seu trabalho, para além do alcance do ego e da mente. Todas as outras formas de poder são fracas comparadas com o amor. (...)
       O verdadeiro poder é interior. para vermos o mundo à luz do amor, que só pode ter origem a partir de dentro, é essencial que vivamos sem medo, numa paz inabalável.
     Existem muitos segredos relacionados com o amor que escapam à percepção da maiora das pessoas. Para receber amor, temos de ter dado amor. Para termos a certeza de que a outra pessoa nos ama incondicionalmente, temos de não lhe impor quaisquer condições. Para aprender a amar alguém, temos em primeiro de nos amamarmos a nós. (...)
    (...) o amor tem de ser libertado de camadas de ódio, medo e egoísmo que o asfixiam como camadas de verniz. Para conseguir uma vida plena de amor há que purificar a vida. (...)
    O primeiro passo para atingir o amor enquanto elemento pleno e inabalável da sua vida é redefinir o seu atual conceito de amor. A maior parte das pessoas tem a ideia de que o amor é uma atração por outro ser, ou uma força que nos nutre e nos faz sentir amados, ou o prazer e o deleite, ou um sentimento de emoção poderosa. Apesar do amor poder conter todas essas definições, o mago diria que isso são aspectos parciais.
 - todas as formas de amor definidas pelos mortais são perecíveis. aquilo a que chamam amor aparece e desaparece, e movimenta-se de objecto em objecto de desejo. De um momento para o outro transforma-se em ódio se os desejos não forem satisfeitos. O amor real não pode mudar, pois não tem nada a ver com o objecto, nem sequer pode transformar-se noutra emoção, porque, antes de mais, não é uma emoção.
 - os mortais vivem o amor de uma forma febril, agitada e ansiosa. Se não podem possuir a pessoa amada, pensam que morrem. Mas, o amor, o amor verdadeiro, não deveria provocar agitação ou ansiedade, porque não se dirige para o exterior. O ser mais amado é apenas a extensão da própria pessoa. O amor que o leitor imagina que recebe do outro traduz uma limitação da sua consciencia. Para um mago, todas as forças de amor provêm de dentro.
 - Um dia, quando tiveres superado toda esta inquietude, verás uma pequena luz no teu oração. essa luz começará por parecer uma faísca, depois a chama de uma vela, e, por fim, uma imensa fogueira. Entretanto, tu despertas, e as chamas devorarão o Sol, a Lua e as estrelas. Nesse momento só haverá amor no cosmos; no entanto, todo esse amor se encontra no teu coração."
In "O caminho dos magos", Deepak Chopra